segunda-feira, 6 de abril de 2009

"Metade arrancada de mim..."


Agora eu entendo perfeitamente o exílio e as músicas do Tom e do Chico. Sinto na pele o que é estar longe do seu eu. Atravessar a ponte no sentido contrário é como se uma faca entrasse no meu peito. É como um balão de borracha quando estoura enquanto uma criança brinca. É mais que isso... é tristeza, é dor... é a perda mesmo que momentânea do cotidiano na "cidade de cidades camufladas". Geralmente no blog eu posto novidades desse lugar, coisas que eu descubro, mas hoje... a minha descoberta maior é a saudade. Infinita no seu tempo, aliás no meu tempo. O engarrafamento no domingo foi como se estivessem impedindo a minha volta... Minha tia exemplificou o que eu sinto em curtas palavras: "Agora eu descobri o porque de você amar o Rio, vocês são iguais".
Eu também tenho meus dois lados, um pobre e um rico. Tenho o lado da musica, da arte, da favela e do Leblon... tenho meu tráfico de pensamentos e pecados. Minhas glórias misturadas à dificuldade do dia-a-dia. O engarrafamento das coisas que sentimos e as maravilhas que habitam dentro de nós e que faz nos esquecer dos problemas... eu tenho o que o Rio tem... um lado negro, índio, branco, amarelo, azul, rubro-negro. Mas o que eu mas tenho no momento é vontade de atravessar pro lado de lá da Guanabara... e ficar pra sempre.

Foto tirada por mim no dia 04/04/09 no 8º andar do Botafogo Praia Shopping