terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Futebol pra quem???

Paixão nacional, esporte popular... 
popular no dicionário: adj. Relativo ao povo. Próprio do povo: ingenuidade popularAgradável ao povo. Estimado pelo povo; democrático: um orador popular.
As vésperas da semifinal do campeonato carioca, todos se perguntam se a definição de popular mudou geral ou só no dicionário dos gestores de futebol.
80 reais por um ingresso para assistir ao esporte mais popular do país, onde a renda per capita está em torno dos 650 reais, onde uma família normal de 4 pessoas tem que pagar alimentação, moradia, luz, água e ainda assim tentar se divertir, 80 reais me soa como um afronto. 
Uma prática contra o estatuto do torcedor, que diz que um aumento não pode ser injustificado. 
Será que os gestores não conseguem entender que 1000 pessoas pagando 40 reais tem um lucro maior do que 50 pagando 80?
Querem elitizar o futebol, sendo que a elite joga golfe, paga o PFC e preferem assistir um jogo na sua TV de LED de 1683 polegadas no conforto do seu lar. A elite não gosta de muvuca. A elite não paga entrada no jogo, vai pro camarote... 
Querem colocar o futebol nos moldes europeus, mas se esqueceram que estamos na parte de baixo da linha do Equador... 


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Voltaremos, voltaremos...


Voltei com o Hexa estampado no peito...
não fosse o sono me despediria da paisagem pela janela do ônibus.
A cidade acordava mais feliz, colorida de vermelho e preto.
É isso mesmo? Depois de 17 anos alguém me beliscava e eu via que era realidade.
O sonho ficou pra trás, o brasileiro deixou de ser obrigação.
O sorriso, o abraço, o choro emocionado ficará na lembrança... de concreto a taça, linda e imponente estampada junto com as outras na gávea.
A taça da coragem, da luta, da perseverança...
A taça de 35 milhões de pessoas.

Parabéns Hexacampeões ! Parabéns Nação !

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Já em clima de saudade...


Um dia chovoso, véspera da despedida
A cidade chorava junto comigo
A hora da partida... a inevitável hora
Ir embora dessa cidade é arrancar um pedaço da minha alma
A água descendo da janela do ônibus
Passando por Ipanema escutando Vinícius
Parece clichê se não fosse já a saudade unindo-se a melodia da bossa
E hoje, no dia do 'até breve'
um sol e um passeio de bicicleta pela orla para vir buscar a mala cheia de vontade de ficar
Cada vez mais se torna difícil
Cada vez mais me bate a certeza de que aqui é meu lugar
Cada pedaço do Rio diz algo de mim
Do Leme ao Pontal, da Zona Norte à Zona Sul
Da ponte pra cá... só pra cá.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

28 de outubro - Dia do Flamenguista


Texto tirado do blog do Arthur


O dia do flamenguista
By RicaPerrone
“Cada brasileiro, vivo ou morto já foi Flamengo por um instante, por um dia.“, disse Nelson Rodrigues, fanático tricolor desprovido de vaidades clubisticas na hora de analisar futebol.
Hoje, 28 de outubro, é o dia do flamenguista. Hoje, 28 de outubro de 2009, é o dia que o Flamengo pode se tornar líder do campeonato Brasileiro. Hoje, como quase toda quarta-feira, é dia de 35 milhões de pessoas viverem por um só objetivo e outras 150 milhões torcerem contra.
Amanhã, como sempre, líder ou fora da briga, a capa dos jornais terá o tal do Flamengo.
Decidindo titulo, lá estarão milhares de torcedores, em outro estado, fazendo com que o tal do Flamengo jogue em casa quando deveria atuar fora.
No sábado, onde todos brigam pela liderança, lá estará ele, de novo, jogando com 12, burlando o regulamento básico do futebol.
E se o time pipocar e perder o titulo novamente, não muda nada. Vão se revoltar, xingar, protestar e, daqui 3 meses, lá estarão eles fazendo juras de amor ao time num clássico qualquer pelo campeonato estadual, aquele que nem eles aguentam mais vencer.
O time mais inexplicável do planeta terra, sem dúvida.
Não ganha o principal titulo nacional desde 1992. Lá se vão mais de 17 anos e a torcida diminui? Não, aumenta. Segundo pesquisa, a maior entre as crianças do país.
Quando ninguém dá nada pra eles, chegam e surpreendem a todos. Quando todos esperam muito, ele perde e decepciona sua nação.
Favorito em tudo que disputa, simplesmente pelo citado acima. Ninguém é capaz de saber o que esperar do Flamengo, nunca.
E quando eventualmente não tem um time capaz de ser campeão, a cobrança é como se tivesse. Ou seja, não existem jogadores no Flamengo. Existe o Flamengo e ponto final.
Única torcida do planeta que paga ingresso por 2 espetáculos. Um no campo, como todas elas, e outro que ela mesmo proporciona.
O flamenguista vai ao Maracanã pra curtir o time, o jogo, o clima e a própria torcida. É único.
Talvez uma das raras torcidas do mundo que existe o Zico e o resto. E o “resto” inclui, talvez, os dois melhores laterais que o mundo já viu em cores. Leandro e Junior.
A Nação rubro-negra não tem esse nome a toa. São 35 milhões de torcedores, e vejamos:
A cidade mais populosa do mundo é Tóquio. E tem 34 milhões de pessoas.
A maior do Brasil é são Paulo, com 19.
O Flamengo, sozinho, tem 35. Se cobrasse impostos seria trilhardário.
Não cobra, e vive devendo.
Deve milhões, e isso não faz a menor diferença.
Ao contrário do amor que tanto exaltamos, este não vai embora quando o amado fica pobre. É amor de verdade, o mais puro que existe.
Incondicional, este sim.
Aquele que não analisa, que não raciocina, que não condiciona a nada.
A nação poderia dizer, sem culpa: “Eu te amo, e pronto”.
Não interessa porque, como, quando e nem sob quais condições.
É maior, é inexplicável.
Ser Flamengo é algo que não tem comparação. Eu não nasci assim, e nem ouso dizer se felizmente ou infelizmente.
Flamenguista é aquele sujeito que ama futebol acima do que ele o proporciona. Aquele que não troca amor por resultados, e que não condiciona sua preferencia por um ou outro jogador.
Por aí existe o Santos de Pelé, o São Paulo de Rogério Ceni, o Palmeiras de Ademir.
Lá existe o Zico do Flamengo.
A ordem é sempre inversa. Os valores são sempre diferentes.
Ser flamenguista não torna ninguém melhor do que os outros, nem pior. Diferente, sem dúvida.
Ser maioria é algo que fortalece. É infinito, porque a nação não tem fim, e nem deixará de ser a maior torcida do país nos próximos 200 anos.
Odiar o Flamengo é absolutamente justificavel.
Qualquer um fica irritado em ganhar titulos e mais titulos e ver que a capa do jornal não muda de foto. É sempre a do Flamengo.
Qualquer um se incomoda em saber que titulos e dividas menores não conseguem sobrepor a importancia de um clube que tem sua grandeza baseada em nada atual e concreto.
Entrar num Maracanã lotado e olhar pra aquela torcida é algo que apenas eles sabem o que é, o que significa e o quanto importa.
Hoje é dia do flamenguista.
Você não é Flamenguista?
Que pena.

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Parabéns NAÇÃO RUBRO-NEGRA !

Por um pouquinho de inteligência

Essa semana eu estou sem tempo pra quase nada, mas tive que vir aqui compartilhar com vocês minha indignação. Estou estudando pra concurso e principalmente um aspecto chamado: POLÍTICA EDUCACIONAL me chamou atenção. Li hoje um capítulo de um livro que
fala sobre as reformas de ensino desde os anos 30, isso no ambito público. Tudo começou quando o governo de Vargas criou o Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública, no qual a Únião tinha o 'poder para exercer sua tutela sobre os vários domínios do ensino no país'.
Até aí tudo bem, a idéia de uma educação adequada à modernização era bem vista aos olhos do momento histórico pós-revolução de 1930. Sendo que, esbarraram de frente na mobilização da Igreja que tentavam a todo custo 'reencontrar a alma nacional perdida com a Constituição de 1891' em que a Educação era laica. Dessa diversificação, surgiram as escolas privadas, mas ainda com forte influência no governo a religião católica conseguiu sua infiltração na educação pública.
Nessa passagem fica claro que desde o princípio das propostas educacionais, os interesses governamentais se mostram acima dos interesses de desenvolvimento do país.
A partir do momento, por volta dos anos 60, em que os governantes viram que cresciam críticos, intelectuais, pessoas esclarecidas que confrontavam com seus interesses, foram criados leis em que o Estado estabelecia diretrizes para a Educação, ainda submissa à rede privada (pela ajuda financeira) e à Igreja (pela mobilização social e influência nos valores morais e na consciência).
Aumentou-se a organização dos sindicatos, ligas, a UNE, as mobilizações populares que repercutiu diretamente na cultura e educação no país.
A preocupação com o povo, a maioria analfabeto, fez com que programas de alfabetização eficientes e politizados fossem bandeiras dessa galera nova. Aconteceu que na época como dizia um dos autores do texto o Brasil estava 'irreconhecivelmente inteligente'.

Aí que vem a minha indignação. O que aconteceu depois disso ?! O golpe militar.
Esqueçam o texto, esqueçam tudo. E prestem atenção nessa simples frase: COMO PODE UM PAÍS OPTAR PELO EMBURRECIMENTO DA POPULAÇÃO E AO MESMO TEMPO PENSAR EM CRESCIMENTO ECONÔMICO?
Durante o regime militar, o planejamento educacional foi feito por um economista, ou seja, a verba destinada era de 1%.

Vou deixar de consultar o texto e refletir agora sobre isso...
Ora, se estamos hoje no grau de dependência de projetos sociais do governo, isso nada mais é do que uma 'volta' mesmo que não totalitária aos tempos do golpe militar. Só que nossa ditadura é mascarada por uma democracia irreal...
É muito fácil hoje, conseguir dinheiro pelo chamado 'jeitinho brasileiro'. Mas o jeitinho brasileiro de conseguir as coisas é que está errado...
Tudo dá um jeito, desvia um pouquinho daqui, um pouquinho dali... dá 50 reais para votar no político que te dará uma casinha popular e se vira depois pra pagar a conta de luz.
Sabe como que a gente chegou nisso, lembra quando a gente tinha que decorar os verbos? É isso... faziam a gente decorar que estamos num país sub-desenvolvido, fizeram a gente decorar que o país é assim e não tem jeito. E no final, decoramos que 'o melhor do Brasil é o brasileiro' engolindo o pão que o diabo amassa todos os dias por causa de interesse político.

É preciso muito mais que uma reforma na educação, no código penal, no país...


Queremos um pouco mais... só por um pouquinho mais de inteligência.

-> Pra quem quiser ler --> Livro: Política Educacional de Eneida Oto Shiroma - DP e A Editora, Rio de Janeiro, 2003. (Capítulo 1: Reformas de ensino, modernização administrada)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Dadinho ou Zé Pequeno?



Infelizmente, vou ter que postar isso que eu escrevi no meu outro blog, nesse espaço em que eu engrandeço a cidade que eu amo, justamente para refletirmos um pouco.
Assim como gentileza gera gentileza, violência gera violência. Precisou bandidos derrubarem um helicóptero, para a mídia começar a falar de um problema que já existia. Bandidos com armas que deveriam ser da segurança pública e que por causa de corrupção acabam parando nas mãos deles.
Acontece que existe bandido tanto em comunidades, como dentro da própria corporação. Seja lá qual for o motivo do crime, compensa, na visão deles, pela falta de instrução adequada, de estrutura e de vergonha na cara.
A única diferença é que a nossa proteção [falo de cidadãos comuns, trabalhadores, independentemente de onde moramos] onde fica?
Outro problema que fica debaixo dos panos é que os filmes que retratam a realidade caem na boca do poxo exatamente por essa sátira que fazem tanto nas frases do filme 'Cidade de Deus' quanto em 'Tropa de Elite'. Vira mídia, audiência, lucro se tratando que foram os filmes brasileiros de maior bilheteria... Ontem eu estava vendo uma reportagem que me remeteu a frase de uma cena do primeiro acima citado 'Dadinho é o caralho, meu nome é Zé Pequeno, porra'. Nesse caso o 'Zé Pequeno' era uma criança de 12 anos, com 7 passagens pela polícia por roubo de carro. E isso foi fruto do que!? Não julgo só o filme não. É toda uma sociedade. As notícias que mais vendem, os filmes mais assistidos... infelizmente a violência virou produto mercadológico.
Aí no fim o que nos resta é 'colocar na conta do papa' e rezar pra que o 'Cara lá de cima' dê um jeito no que a gente não consegue aqui embaixo.